É interessante perceber como o preconceito está subentendido na mente da sociedade. Qualquer direito que seja voltado para as minorias causado uma grande polêmica entre vários setores da sociedade. A campanha do Ministério da Saúde que vai disponibilizar lubrificantes nos postos de saúde para os homossexuais causou grande discussão entre os veículos de comunicação. Prefiro destacar o artigo opinativo do jornalista Franklin Maxado, intitulado Após camisinha, Bolsa-Vaselina do Governo, pois demonstra a discriminação social em relação à homossexualidade e, principalmente, quanto os benefícios destinados aos homossexuais incomodam a sociedade.
Na verdade, percebe-se a linguagem pejorativa que o jornalista utiliza para se referir aos homossexuais e travestis. "O Ministério da Saúde, sensibilizado com as dores dos gays, bichas, viados, baitolas, quariras, travestis, frescos, xibungos, bonecas, maricas, transexuais e que outros nomes deem ao terceiro sexo, acaba de comprar mais de um milhão e meio de reais em saquinhos plásticos com vaselina para distribuir nos postos de saúde", escreveu Maxado.
Em primeiro lugar, quero deixar claro que não é adequado o uso dos nomes pejorativos designados aos homossexuais, principalmente num veículo de comunicação como o Tribuna Feirense. Em segundo, acredito que a medida do Ministério da Saúde não se trata de um ato de solidariedade ao próximo, mas de uma ação que ajuda na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. Qualquer sexólogo pode afirmar que apenas o uso do preservativo numa relação anal, pode acarretar no rompimento do preservativo mais facilmente. Por isso também, a importância de ter o gel lubrificante à mão e diminuir o risco da camisinha estourar.
Espero que os jornalistas não utilizem o seu achômetro em relação ao mundo para encher o texto opinativo de baboseiras e desinformar o público. É fundamental ter bastante conhecimento para escrever sobre alguma coisa, Maxado!
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