quinta-feira, 26 de março de 2009

Expulsas de assentamento, casal de lésbicas consegue direito à permanência no lote


Juntas há três anos e meio, as assentadas Nádia Michele Teixeira, 27, e Kelly Aparecida Tarifa Gonçalves de Souza, 24, foram expulsas do assentamento Celso Furtado situado em São Paulo na última quinta-feira (18/03). Elas alegam que foram vítimas de discriminação devido à orientação sexual por parte de outros assentados. As duas ainda destacam que seguiram todas as normas para o assentamento a partir da indicação de líderes locais em janeiro.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) oferece aos casais homoafetivos o direito às terras destinadas à reforma agrária. O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (SINTRAF) solicitou ao pedido ao INCRA que intervenha na escolha do ganhador do lote.

Nilton Caldeira dos Santos, diretor do assentamento, nega preconceito contra elas. Ele afirma que as duas entraram no local sem o consentimento do grupo.

Nádia e Kelly estão muito tristes com o ocorrido. Elas registraram queixa no Plantão Policial de Andradina em relação à invasão de outra família e à discriminação por ter relação lésbica.

O INCRA decidiu nesta terça-feira que a posse do lote do assentamento pertence à Nádia e Kelly.

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