segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Celebridades disparam preconceito contra homossexuais


Alguns artistas e personalidades públicas pisaram na bola quando o assunto é homossexualidade. O caso mais atual foi a da cantora Cláudia Leitte que extravazou o preconceito em declarações cedidas à transformista Léo Áquila. Perguntada sobre o que faria caso o filho dela fosse homossexual, ela disse “eu adoro os gays, mas prefiro que meu filho seja macho”. O marido da cantora, Márcio Pedreira, também foi perguntado sobre o assunto e afirmou com todas as letras que "Deus me livre. Ele será muito bem criado". Ou seja, Cláudia e Márcio contribuem com essa fala para confirmar associações entre a homossexualidade como algo ruim ou negativo. O fato é a má ou boa criação não determinam que um indivíduo será homossexual. Só para lembrar também o Relatório Kinsey deixa claro que, independente de criação, a população mundial é composta por 60% dos indivíduos heterossexuais, 30% bissexuais e 10% homossexuais. A tabela abaixo ilustra melhor esses dados:


Outro caso que gerou polêmica entre os homossexuais e o Grupo Gay da Bahia foram as declarações do integrante da banda Jammil e uma noites Mano Goés publicadas no blog da banda que ele pertence em abril desse ano. Nesse texto, Goés critica os seguidores de cantoras como Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Cláudia Leitte. Num trecho da postagem, ele se refere aos fãs dessas cantoras como “bando de viadinho se fosse heróis usariam calcinhas. São sanguessugas feios e aviadados, atrevidos, atrás de ingressos cortesias e fotinhas fofinhas, com seus trejeitos esquisitos e gel fedidos sobre seus penteados ridículos. Esses pseudo-fãs carnívoros são bisonhos. Feios. Chatos. Pulgas. Insetos. São um bando de bosta mesmo, porra. Um super ‘vão-tomar-no-cu’ pra vocês, seus boiolinhas de merda. E aprendam a tomar banho, porque vocês geralmente fedem”. Esse comentário foi bastante questionado por Marcelo Cerqueira, Luiz Mott e vários homossexuais baianos por associar o gay a qualificações negativas.

O que esses artistas desconhecem é que ser homossexual não condiz com esses discursos que eles proferem nos veículos de comunicação. É necessário antes de construir pré-conceitos, procurar conhecer realmente determinados assuntos – entre eles, a homossexualidade – para não acarretar nessas frases infundadas. Esse comportamento é caracterizado como homofobia e pode ser curado com informações verdadeiras sobre a homossexualidade.

Para concluir, repito uma frase citada por Luiz Mott, fundador do GGB, todos os anos durante o desfile das Paradas Gays que ele participa: “É legal ser homossexual!!!”.

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